A maternidade é um dom precioso mas também uma enorme responsabilidade. Mães dedicam suas vidas ao bem-estar de seus filhos proporcionando amor cuidado e proteção.
No entanto em algumas situações excepcionais a guarda da criança pode ser transferida para outro genitor ou responsável.
Este artigo visa esclarecer os motivos que fazem a mãe a perder a guarda do filho detalhando os fatores legais e comportamentais que influenciam essa decisão complexa.
O objetivo é informar e orientar mães pais e interessados sobre os critérios utilizados pelos tribunais e conselhos tutelares na determinação da guarda dos filhos.
Compreendendo a Guarda dos Filhos
A guarda de um filho se refere ao direito e dever de cuidar educar e criar a criança. No Brasil a guarda pode ser unilateral quando apenas um genitor tem a responsabilidade legal pela criança ou compartilhada quando ambos os pais dividem essa responsabilidade.
Em situações normais a mãe possui a guarda unilateral do filho após o parto. No entanto essa presunção legal pode ser alterada em casos específicos onde o bem-estar da criança se encontra em risco.
Fatores que Podem Levar à Perda da Guarda
A decisão de transferir a guarda de uma mãe para outro genitor ou responsável é extremamente delicada e tomada com base em diversos fatores sempre visando o melhor interesse da criança.
1. Negligência e Abuso:
A negligência no cuidado da criança como a falta de alimentação higiene acompanhamento médico ou escolar configura um risco ao seu desenvolvimento físico e emocional.
Já o abuso físico sexual ou psicológico representa uma grave violação dos direitos da criança e pode levar à perda da guarda.
2. Violência Doméstica:
Expor a criança a um ambiente de violência doméstica seja física verbal ou psicológica coloca em risco sua segurança e bem-estar emocional.
Testemunhar ou sofrer agressões entre os pais pode gerar traumas e transtornos psicológicos na criança justificando a transferência da guarda.
3. Dependência Química:
O uso abusivo de substâncias psicoativas como drogas e álcool por parte da mãe pode comprometer sua capacidade de cuidar da criança adequadamente.
Se o vício colocar em risco a segurança e o desenvolvimento da criança a guarda pode ser transferida para outro responsável.
4. Incapacidade Parental:
Em casos de doenças graves ou deficiências físicas ou mentais que impeçam a mãe de prover os cuidados básicos à criança a guarda pode ser transferida para outro responsável que garanta o bem-estar da criança.
5. Abandono:
O abandono da criança caracterizado pela falta de contato assistência material e afetiva por um longo período configura um desinteresse da mãe em cuidar do filho.
Esse descaso pode levar à perda da guarda para outro responsável que demonstre amor cuidado e compromisso com a criança.
6. Alienação Parental:
A alienação parental ocorre quando um genitor tenta interferir ou destruir o vínculo afetivo da criança com o outro genitor.
Essa prática prejudicial pode levar à perda da guarda para o genitor alienador que demonstra falta de interesse no bem-estar emocional da criança.
7. Condenação Criminal:
A condenação por crimes graves especialmente aqueles que coloquem em risco a criança pode levar à perda da guarda.
A decisão considera a gravidade do crime o tempo de reclusão e o potencial de reabilitação da mãe.
O Papel do Conselho Tutelar e da Justiça
O Conselho Tutelar é um órgão público responsável por zelar pelos direitos das crianças e adolescentes.
Em casos de suspeita de violação desses direitos o Conselho pode intervir e tomar medidas cabíveis como a retirada da criança do ambiente de risco.
A decisão final sobre a guarda da criança cabe à Justiça por meio de um processo judicial que analisa detalhadamente as circunstâncias do caso e as condições de cada genitor ou responsável.
Priorizando o Bem-Estar da Criança
É importante salientar que a perda da guarda da mãe é sempre uma última medida tomada em casos extremos onde o bem-estar da criança se encontra em grave risco.
O objetivo principal é garantir um ambiente seguro saudável e acolhedor para o desenvolvimento da criança.
Conclusão
A maternidade é um vínculo precioso e insubstituível. No entanto em situações excepcionais a guarda da criança pode ser transferida para outro genitor ou responsável sempre visando o melhor interesse da criança.
Compreender os motivos que podem levar à perda da guarda é fundamental para mães pais e toda a sociedade.
Através da informação e da conscientização podemos prevenir situações que coloquem a criança em risco e fortaleçam os laços familiares.
Caso esteja passando por alguma das situações mencionadas no texto busque ajuda de familiares assistentes sociais advogados ou instituições especializadas em apoio familiar.
Lembre-se o amor e o cuidado dedicados ao filho são fundamentais para o seu desenvolvimento saudável e feliz.