Divórcio

Formal de Partilha no Divórcio: Como Fazer a Divisão de Bens

Entenda o papel do formal de partilha no divórcio e como ele no processo assegura a divisão legal dos bens entre os ex-cônjuges. Saiba quais são os procedimentos, documentos necessários e os passos para registrá-lo corretamente.

O que é o formal de partilha no contexto do divórcio?

O formal de partilha é um documento que oficializa a divisão dos bens de um casal após o pedido de divórcio, que pode ser judicial ou extrajudicial.

Ele detalha como os bens serão distribuídos entre os ex-cônjuges, garantindo que a divisão seja feita de acordo com a lei, com a vontade das partes se houver acordo ou com o que foi decidido no processo de divórcio.

A importância do formal de partilha no divórcio reside em sua capacidade de assegurar que a divisão de bens seja realizada de forma justa e legal. Sem ele, a divisão de bens pode ser contestada no futuro, gerando conflitos e incertezas.

Procedimentos para obtenção do formal de partilha

O procedimento para obtenção do formal de partilha no divórcio, a depender da escolha do procedimento judicial ou extrajudicial, geralmente segue os seguintes passos:

Divórcio Judicial:

  • Homologação do divórcio: O primeiro passo é obter a homologação do divórcio, que é a decisão judicial que oficializa a separação do casal.
  • Elaboração do plano de partilha: Após dar entrada no divórcio, é necessário elaborar um plano de partilha, que detalha como os bens serão divididos entre os ex-cônjuges.
  • Emissão do formal de partilha: Com o plano de partilha em mãos, é possível solicitar a emissão do formal de partilha.
  • Registro do formal de partilha: O último passo é registrar o formal de partilha no cartório de registro de imóveis ou outros órgãos, para que a divisão de bens seja oficializada.

Divórcio extrajudicial:

  • Escritura Pública: No divórcio extrajudicial, a divisão dos bens é detalhada em uma escritura pública lavrada em cartório de notas. Essa escritura tem força de documento legal e serve para formalizar a partilha entre os ex-cônjuges.
  • Registro da Partilha: Assim como no divórcio judicial, a partilha de bens realizada no divórcio extrajudicial precisa ser registrada em cartório de registro de imóveis, quando envolve bens imóveis. Essa etapa garante a transferência da propriedade dos bens de forma legal.

Documentos necessários para a emissão

A lista de documentos necessários para a emissão do formal de partilha pode variar de acordo com o estado e o cartório, mas geralmente inclui:

  • Certidão de casamento atualizada
  • Certidão de divórcio
  • Plano de partilha
  • Documentos dos bens a serem divididos (matrículas de imóveis, documentos de veículos, etc.)
  • Documentos pessoais dos ex-cônjuges (RG, CPF, etc.)

Diferença entre formal de partilha e carta de adjudicação

O formal de partilha e a carta de adjudicação são documentos semelhantes, mas com finalidades diferentes. 

O formal de partilha é utilizado para oficializar a divisão de bens entre ex-cônjuges, enquanto a carta de adjudicação é utilizada para transferir a propriedade de um bem para uma única pessoa.

Portanto, a principal diferença entre formal de partilha e carta de adjudicação é que o formal de partilha é utilizado quando há mais de um bem a ser dividido, enquanto a carta de adjudicação é utilizada quando há apenas um bem.

Registro do formal de partilha em cartório

O registro do formal de partilha em cartório é essencial para garantir a segurança jurídica da divisão de bens. Sem o registro, a divisão pode ser contestada no futuro.

O registro do formal de partilha no divórcio deve ser feito no cartório de registro de imóveis da circunscrição onde os bens estão localizados. O custo do registro varia de acordo com o estado e o valor dos bens.

É altamente recomendável buscar a orientação de um advogado especialista em partilha de bens durante o processo de divórcio. 

Um advogado experiente pode auxiliar na elaboração do plano de partilha, na obtenção do formal de partilha e no registro do documento em cartório, garantindo que seus direitos sejam protegidos.

Prazos legais para solicitação do formal de partilha

Não há um prazo legal específico para solicitar o formal de partilha após a homologação do divórcio. 

No entanto, é recomendável iniciar o processo o mais breve possível para evitar conflitos e incertezas.

Custos envolvidos

Os custos envolvidos na obtenção do formal de partilha podem variar de acordo com o estado, o cartório e o valor dos bens a serem divididos. 

É importante pesquisar os custos em diferentes cartórios e buscar a orientação de um advogado para obter informações precisas.

Lembre-se:

O formal de partilha no divórcio é um documento fundamental no processo, garantindo a divisão legal e justa dos bens entre os ex-cônjuges. 

O divórcio extrajudicial é geralmente mais rápido e menos custoso que o divórcio judicial. É uma opção viável quando o casal está em consenso sobre a divisão dos bens.

Ao seguir os procedimentos corretos e buscar a orientação de um advogado especializado em direito da familia é possível obter o formal de partilha de forma eficiente e segura, evitando conflitos futuros e garantindo a proteção de seus direitos.

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Autor:

Dr. Antonio Carlos Ramos Pinto

Responsável técnico pelo Ramos Pinto
Advocacia e editor do portal Direito da Família. É
advogado e docente de ensino superior com
mais de 30 anos de experiência, exercendo suas
atividades profissionais em direito de família e
sucessões, direito constitucional e gestão
educacional.

Ramos Pinto Advocacia

Sua atuação jurídica é baseada no exercício de um Direito ético, humano, compreensível
e empático, sempre atento às necessidades específicas dos clientes e suas famílias.

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